sábado, 10 de maio de 2014

ORELHA DE LUTADOR

Lesão que costuma tornar-se rótulo para identificar lutadores e gera deformidade permanente no pavilhão auricular (orelha) é o hematoma auricular, conhecido popularmente como orelha de couve-flor. De acordo com os especialistas, o trauma contínuo das lutas faz com que as orelhas fiquem dessa forma. 

Dentro do vocabulário médico, o problema também é conhecido como “pericondrite”, caracterizado pela infecção da cartilagem da orelha. isso ocorre porque com os atritos e esmagamentos constantes sofridos nas orelhas durante treinos e lutas, contra o chão, o braço do adversário, e outros, aparecem hematomas entre a cartilagem e o pericôndrio, tecido que fica entre a pele e a cartilagem e que é responsável pela nutrição da região. A falta de suprimento sanguíneo pode conduzir a uma necrose que resulta em reação fibrosa severa, ou seja, uma nova cartilagem é construída para preencher aquele espaço lesionado. Cada vez que ocorre a inflamação, um pouco de cartilagem se forma.


Proteção e tratamentos
Os especialistas ouvidos indicam o uso de protetores específicos. Evita quase 100% dos casos, mas não são todos os lutadores que se acostumam com ele. Para prevenir a inflamação, é preciso que o sangue acumulado após a luta seja drenado o quanto antes. Caso contrário só restará a cirurgia plástica e mesmo assim, é muito difícil conseguir recuperar o formato original. Instalado o hematoma, a única maneira de corrigir a lesão é drenar o sangue e colar a cartilagem à membrana.

Sobre a orelha de lutador Kyra Gracie comenta em entrevista:
Quando você estoura a orelha, é como se você tivesse um machucado e ficasse passando a mão na cicatriz o tempo inteiro. Acaba criando uma quelóide, um calo. Normalmente, você continua treinando em cima do machucado. 
O que eu faço? 
Uso protetor, aí eu não “quebro” a orelha. Antes de realmente estourar a orelha, ela fica dolorida, esse é o primeiro sinal. Quando isso acontece, já uso logo um protetor e coloco compressa quente e uso a pomada “reparil” quatro vezes por dia. Tenho pânico de ter a orelha estourada.

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